Acampamento de mendigos em Lisboa
O POETA
O poeta lamenta a dor
Que os outros sentem,
É sofrimento que vem,
Momento com amargo sabor.
Tem grande sensibilidade,
Vive a vida com muit' amor,
Sente tanta dificuldade
De ficar alheio à sangrenta dor.
O poeta escreve e mui sofre,
Alerta o povo que à mesa come,
Quanta gente, mui, mui pobre
Morre no mundo, ainda com fome!
Ele é precursor do AMOR,
De fortes emoções, e mui escreve
Gritando ao mundo o horror,
De haver povos com imensa DOR!
Na alma ele sente a dor,
Seu coração chora d'amor,
Seus olhos vêem tanto horror,
O mundo em estado de desamor.
Escreve sobre a tristeza,
Horas de enorme angústia,
Escreve sobre a alegria,
Seu coração feliz nesse dia!...
FrancK LavD
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